quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Sistema Endócrino


Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto de órgãos que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente sangüínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos hormônios são denominadosórgãos-alvo.
O objetivo do blog é explicar de maneira clara sobre a Hipófise,Hipotálamo,Glândura Tireóide,Glândulas Adrenais,Glândulas Reprodutoras.

Glândulas Adrenais

O corpo possui duas glândulas adrenais, situadas próximas ao topo de cada rim. A medula (parte interna) das adrenais secreta hormônios como a adrenalina (epinefrina) que afetam a pressão arterial, a freqüência cardíaca, a sudorese e outras atividades também reguladas pelo sistema nervoso simpático. O córtex (parte externa) secreta vários hormônios diferentes, incluindo os corticosteróides (hormônios semelhantes à cortisona), os androgênios (hormônios masculinos) e os mineralocorticóides, os quais controlam a pressão arterial e a concentração de sal e de potássio do organismo. As adrenais fazem parte de um sistema complexo que produz hormônios interatuantes. O hipotálamo produz o hormônio liberador da corticotropina, estimulando a hipófise a secretar corticotropina, a qual regula a produção de corticosteróides pelas adrenais. As adrenais podem parar de funcionar quando a hipófise ou o hipotálamo deixa de produzir quantidades suficientes dos hormônios adequado. A produção insuficiente ou exagerada de qualquer hormônio adrenal pode acarretar uma doenca grave.

- Suas produções são:

Glicocorticóides (principal: Cortisol):
Estimulam a conversão de proteínas e de gorduras em glicose, ao mesmo tempo que diminuem a captação de glicose pelas células, aumentando, assim, a utilização de gorduras. Essas ações elevam a concentração de glicose no sangue, a taxa metabólica e a geração de calor. Os glicorcoticóides também diminuem a migração de glóbulos brancos para os locais inflamados, determinando menor liberação de substâncias capazes de dilatar as arteríolas da região; conseqüentemente, há diminuição da reação inflamatória.

Mineralocorticóides (aldosterona):
Aumentam a reabsorção, nos túbulos renais, de água e de íons sódio e cloreto, aumentando a pressão arterial.

Andrógenos:
Desenvolvimento e manutenção dos caracteres sexuais secundários masculinos.

Adrenalina:
Promove taquicardia (batimento cardíaco acelerado), aumento da pressão arterial e das freqüências cardíaca e respiratória, aumento da secreção do suor, da glicose sangüínea, da atividade mental e constrição dos vasos sangüíneos da pele.

- As disfunções adrenais podem ser:

Hipofunção (doença de Addison):

Pressão arterial baixa, fraqueza muscular, distúrbios digestivos, como náuseas e vômitos, aumento da perda urinária de sódio e de cloreto, aumento da concentração plasmática de potássio, melanização da pele, embotamento mental, enfraquecimento geral. Emagrecimento.

Hiperfunção, nas mulheres: virilização:

Acentuação dos caracteres sexuais masculinos: pêlos no rosto, mudança no tom de voz, desenvolvimento muscular.

GLÂNDULAS REPRODUTORAS

Testículos

Os homens possuem 2 glândulas reprodutivas gêmeas, chamadas testículos, que produzem o hormônio sexual masculino, a testosterona. A testosterona é responsável pelo aparecimento, na puberdade, das características sexuais secundárias do sexo masculino (aumento de massa muscular, pilificação, barba, engrossamento da voz, crescimento dos órgãos genitais e produção de espermatozóides), e pela sua manutenção na vida adulta. Os testículos também são o local de produção dos espermatozóides, as células reprodutoras masculinas.
O câncer do testículo, que é a forma mais comum de câncer em homens entre os 15 e 35 anos de idade, pode necessitar de tratamento cirúrgico com a remoção de um ou dois testículos. A diminuição ou ausência de testosterona que surge então (chamada hipogonadismo) pode levar à perda de desejo sexual, impotência, alterações da imagem corporal, perda da massa óssea e da força muscular e transtornos do humor.



Testosterona (andrógeno):


Promove o desenvolvimento e o crescimento dos testículos, além do desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários masculinos, aumento da libido (desejo sexual), aumento da massa muscular e da agressividade.



Estrógenos:


Promove o desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos e da parede uterina (endométrio); estimula o crescimento e a calcificação óssea, inibindo a remoção desse íon do osso e protegendo contra a osteoporose; protege contra a aterosclerose (deposição de placas de gorduras nas artérias).



Progesterona:


Modificações orgânicas da gravidez, como preparação do útero para aceitação do óvulo fertilizado e das mamas para a lactação. Inibe as contrações uterinas, impedindo a expulsão do feto em desenvolvimento

HIPOTÁLAMO





O hipotálamo, também constituído por substância cinzenta, é o principal centro integrador das atividades dos órgãos viscerais, sendo um dos principais responsáveis pela homeostase corporal. Ele faz ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino, atuando na ativação de diversas glândulas endócrinas. Tem por função manter a temperatura corporal, regula as emoções (especificamente, as partes laterais parecem envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada à aversão, ao desprazer e à tendência ao riso), a fome, a sede, o sono e os ritmos biológicos.

Funções comportamentais:
I) Hipotálamo lateral: relaciona-se com a sede, fome e agressividade;
II) Hipotálamo ventromedial: relacionado com a saciedade da fome e da sede e tranqüilidade;
III) Região periventricular do hipotálamo: relaciona-se com a postura de medo ou de reação de punição;
IV) Hipotálamo anterior e posterior: relacionado com a atividade sexual.
• Centro de recompensa: núcleos laterais e ventromediais do hipotálamo, juntamente com a amígdala, septo, alguns gânglios da base e algumas áreas do tálamo.
• Centro de punição: substância cinzenta periquedutal e periventricular e amígdalas. O estímulo dessas áreas desencadeia no animal um comportamento de raiva.
• Punição e Recompensa X Comportamento: o efeito dos tranqüilizantes nesses centros de punição e recompensa fazem com que o indivíduo reduza sua reatividade afetiva.
• Punição e Recompensa X Memória: para que um estímulo fique certamente armazenado na memória é preciso que ele desencadeie uma reação de punição ou de recompensa. É como se fosse uma resposta reforçada para desencadear a memória.







LESÕES DO HIPOTÁLAMO
Alem das funções vegetativas e endócrinas do Hipotálamo, a estimulação ou a lesão do Hipotálamo tem muitas vezes efeitos muito intensos sobre o comportamento emocional humano.
A estimulação do núcleo ventromedial e das áreas circundantes provoca em grande parte efeitos opostos aos da estimulação da área hipotalámica lateral, isto é, sentimento de saciedade, com redução da ingestão de alimento e tranquilidade. Estimulação da zona delgada do núcleo periventricular, localizado imediatamente adjacente ao terceiro ventrículo, e também da substância cinzenta central do mesencéfalo, que é continua a essa parte do Hipotálamo, leva em geral ao medo e a reacções a punição.
A função sexual pode ser provocada pela estimulação de diversas áreas do Hipotálamo, em especial das mais anteriores e posteriores. Lesões no Hipotálamo causam, em geral, efeitos opostos. Por exemplo, lesões bilaterais do Hipotálamo lateral diminuem, quase a zero, a ingestão de água e alimento, levando muitas vezes à desnutrição, que pode conduzir até à morte. Lesões bilaterais das áreas ventromediais do Hipotálamo produzem efeitos que, na sua maioria, são opostos aos decorrentes das lesões do Hipotálamo lateral. A lesão de outras áreas do sistema límbico, em especial a amígdala, área septal e áreas do mesencéfalo causam muitas vezes efeitos semelhantes aos acima mencionados para o Hipotálamo.

REGULAÇÃO HIPÓFISE-HIPOTÁLAMO
O hipotálamo e a hipófise estão em contato direto com o cérebro através dos nervos e dos vasos sanguíneos, estabelecendo uma estreita ligação.
Apenas na década de 40 se descobriu que o hipotálamo era o responsável pela síntese e segregação de hormonas que controlam a secreção das hormonas da adeno-hipófise, em que estas vão activar a secreção de outras seis hormonas (tirotropina, adenocorticotropina, prolactina, somatotrofina, hormona luteinizante, hormona estimuladora dos folículos)através da região anterior da hipófise.
Na região posterior da hipófise encontram-se conjuntos de terminações nervosas com início no hipotálamo, segregando mais três hormonas adicionais (melantropina, hormona anti-diurética e ocitocina), hormonas estão que são transportadas para a adeno-hipófise.
A hipófise liga-se ao hipotálamo por uma haste em que, adjacente a esta, se originam os vasos portais, mais propriamente nos capilares de eminência média do hipotálamo.
As células neurossecretoras especializadas em várias partes do hipotálamo sintetizam hormonas hipotalámicas, as suas terminações nervosas tem término também nos capilares de eminência média, sendo as hormonas aí libertadas absorvidas por esses capilares e transportadas para a hipófise anterior onde estimulam ou inibem a libertação das hormonas dessa glândula. Os corpos celulares dos neurónios que segregam ou inibem estas hormonas estão principalmente localizados nos núcleos basais mediais do hipotálamo, especificamente na zona periventricular, no núcleo arqueado e em parte, no núcleo ventromedial.


REGULAÇÃO HIPOTALÂMICA
Hipotálamo é a parte do diencéfalo relacionada ao controlo de funções viscerais, endócrinas e autónomas, e com o comportamento afetivo.
Através de evidências clinicas e experimentais, demonstrou-se que o Hipotálamo se relaciona com todas as funções e atividades viscerais.
O Hipotálamo é o principal centro subcortical de regulação de actividade simpática e parassimpática, exerce atividade sobre a regulação do sono, do metabolismo de açúcares e gorduras, regula a temperatura corporal e o balanço hídrico. Alem disto, funções complexas como as emoções e reacções afectivas estão sob controlo do Hipotálamo e suas conexões com o sistema límbico. Estes controles são contínuos durante toda a vida do indivíduo e fundamentais para a sobrevivência.
Cada resposta hipotalâmica é gerada a partir de um estímulo específico, desencadeando o padrão “estímulo-integração-resposta” que caracteriza a função hipotalâmica.

Controle simpático/parassimpático:
As regiões anteriores e medial do hipotalamo regulam a função parassimpática. O estímulo destas áreas hipotalâmicas determinam o aumento das respostas vagais e sacrais, vasodilatação periférica, aumento do tónus e da motilidade vesical e do tracto digestivo.
As regiões laterais e posteriores do hipotálamo regulam a função simpática. Quando estas áreas do hipotálamo são estimuladas, observam-se as respostas de combate ou fuga típicas da reacção simpática: piloerecção, taquicardia, vasoconstricção, sudorese, dilatação pupilar, aumento da pressão sanguínea e da frequência respiratória, e inibição dos movimentos peristálticos viscerais.


Regulação dos mecanismos da emoção:
O hipotálamo esta envolvido na expressão da raiva, temor, aversão, comportamento sexual e prazer. Os padrões da expressão e do comportamento estão sujeitos a influências do sistema límbico, e em parte, a alterações da função do sistema visceral.
Especificamente, as partes laterais do hipotálamo, parecem envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto a porção mediana parece mais ligada à aversão, ao desprazer e à tendência ao riso (gargalhada) incontrolável.

Regulação do mecanismo do sono-vigília:
Não se conhece o mecanismo que o hipotálamo possui para regular o mecanismo do sono-vigília, no entanto, supõe-se que actua através do sistema reticular talâmico (parece que os mecanismos do sono estariam a nível do hipotálamo anterior, mas os mecanismos de vigília estariam a nível do hipotálamo posterior).
Pensa-se que o sistema reticular activador é responsável pela excitação e manutenção do estado de vigília. Os estímulos visuais e acústicos e a actividade mental podem estimular o sistema reticular de modo a manter o alerta e a atenção. Estímulos como a campainha de um despertador, luzes fortes e súbitas podem despertar a consciência. Pelo contrário, a supressão de estímulos visuais ou auditivos pode levar ao adormecimento ou ao sono.
Apesar de não existir um centro de vigília hipotalamico próprio, podem ocorrer lesões a nível do hipotálamo posterior que danificam as projecções aferentes do SRA (substância reticular activadora), levando ao coma.

Regulação cardiovascular:
Em geral, a estimulação do hipotálamo posterior ou lateral aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca, enquanto que a estimulação da área pré-óptica produz efeitos opostos, como diminuição da frequência cardíaca e da pressão arterial. Esses efeitos são mediados, na maior parte, pelos centros de controlo cardiovascular nas regiões reticulares da ponte e do bolbo.
O controlo autónomo do ritmo cardíaco e do fluxo sanguíneo está constantemente em acção, regulando minuto a minuto as variações na pressão sanguínea. Na artéria aorta e nas artérias carótidas, que se dirigem para o cérebro, encontram-se uma série de receptores de tensão conhecidos como barorreceptores. Estes receptores enviam mensagem para o centro autónomo na base do cérebro, informando há cerca do grau de tensão das artérias. Quando a tensão não é muito elevada a pressão sanguínea é baixa. Assim, a base do cérebro envia uma mensagem para aumentar o ritmo cardíaco e restringir o fluxo de sangue para os órgãos viscerais até que se restabeleça a pressão sanguínea normal. Por exemplo, o problema imediato que se levanta perante uma hemorragia é uma rápida queda de pressão sanguínea. Devido a uma estimulação reflexa simpática ocasionada pelos barorreceptores, o paciente sente-se frio e torna-se extremamente pálido. Flui muito pouco sangue para a pele e, proporcionalmente, torna-se disponível uma maior quantidade de sangue para os órgãos vitais, como o coração e o cérebro.
Quando a pressão sanguínea é alta, há maior pressão nas artérias, e os barorreceptores estimulam, reflexivamente, o nervo vago para que diminua o ritmo cardíaco, enquanto que a estimulação simpática dilata algumas veias e diminui a resistência à passagem de sangue.
Embora não tenham sido identificados centros anatomicamente distintos, as áreas posterolateral e dorsomedial do hipotálamo funcionam como região activadora simpática, enquanto uma área anterior funciona como região activadora parassimpatica.
Há muitas funções viscerais que estão sob o controlo do sistema autónomo. Estas funções são estimuladas pelos nervos parassimpaticos, mas inibidas pelos nervos simpáticos, por exemplo, a secreção de bílis para a vesícula biliar, o fluxo urinário e o vazar da bexiga. A estimulação simpática tem também efeitos metabólicos que tendem a aumentar a quantidade de combustível disponível para obter energia. O fígado liberta a glucose armazenada para a circulação sanguínea, as gorduras armazenadas libertam ácidos gordos e os músculos esqueléticos metabolizam o seu próprio combustível, nomeadamente a partir de reservas de glicogénio. Finalmente, os nervos autônomos são os mediadores das respostas sexuais, quer masculinos, quer femininos. Por exemplo, a erecção é uma resposta parassimpatica e a ejaculação é uma resposta simpática.


Ritmo circadiano:
Muitas funções orgânicas (como níveis de corticosteroide, consumo de oxigénio) são influênciadas ciclicamente pelas alterações da intensidade luminosa que ocorrem por rítmo circadiano (dia a dia). A via retinossupraquiasmática reage a alterações da intensidade luminosa. O próprio núcleo supraquiasmático funciona como um relógio independente, com o período de cerca de 25 horas por ciclo; as lesões nesse núcleo produzem a perda de todos os ciclos circadianos.



O HIPOTÁLAMO NA SEXUALIDADE
O hipotálamo, localizado no cérebro diretamente acima da hipófise, é conhecido por exercer controle sobre a mesma por meio de conexões neurais e substâncias semelhantes a hormônios chamados fatores desencadeadores (ou de liberação), o meio pelo qual o sistema nervoso controla o comportamento sexual via sistema endócrino. O comportamento sexual é influenciado pelo hipotálamo. Ele estimula a glândula pituitária para que esta liberte os hormônios sexuais. Quando o nível destes hormónios cai, cai também o desejo sexual. O hipotálamo secreta o factor de liberação apropriado no sangue, que alcança a pituitária e a estimula a secretar o hormónios gonadotrófico. Na mulher a glândula alvo do hormónio gonadotrófico é o ovário. O ovário tem duas funções, sendo a primeira de produzir óvulos e a outra de secretar hormónios (estrógeno e progesterona). Os hormónios ovarianos fazem loops de retroalimentação para a hipófise e desenvolvem características sexuais que distinguem homens e mulheres. No homem, a glândula alvo do hormónio gonadotrófico é o testículo. Tal como o ovário, o testículo tem um papel duplo: produção de esperma e de hormônio. Andrógenos (testosterona) são os hormônios liberados pelos testículos hormonas pituitárias estimulam a produção de hormónios testiculares que, por sua vez, regulam a produção de hormónio pituitário por feedback.

OVÁRIOS

Os ovários são glândulas localizadas no abdome inferior das mulheres, responsáveis pela produção dos 2 mais importantes hormônios sexuais femininos: o estrógeno e a progesterona. Esses hormônios são responsáveis pelo desenvolvimento e a manutenção dos caracteres sexuais secundários femininos (ou seja, o crescimento das mamas, o aparecimento dos ciclos menstruais, a pilificação de padrão feminino e a distribuição de gordura corporal típica). Também são fundamentais para a reprodução, pois controlam o ciclo menstrual (junto com o LH e o FSH), liberam óvulos ciclicamente (ovulação) e ajudam a criar as condições necessárias para a gestação. Os ovários produzem, ainda, a inibina (que inibe a liberação de FSH pela hipófise e ajuda no desenvolvimento dos óvulos) e uma pequena quantidade de hormônios masculinos.
A alteração mais comum do funcionamento dos ovários é a menopausa, que é parte do processo normal de envelhecimento e consiste na parada da ovulação e na redução acentuada da produção de estrógeno e progesterona, o que normalmente ocorre por volta dos 50 anos de idade. Um quadro semelhante pode ocorrer quando os ovários são removidos cirurgicamente. Algumas conseqüências da menopausa são: ondas de calor, alterações do humor (ansiedade, tristeza, instabilidade emocional), perda de massa óssea (osteoporose) e atrofia da mucosa vaginal.
Outra alteração extremamente comum dos ovários é a chamada Síndrome dos Ovários Micropolicísticos (SOMP), que é causada pela produção excessiva de hormônios masculinos pelos ovários, muitas vezes relacionada ao excesso de peso e a problemas na ação da insulina (resistência insulínica). A SOMP pode cursar com irregularidade ou ausência dos ciclos menstruais, dificuldade para engravidar (infertilidade) e manifestações do excesso de hormônios masculinos, como: acne severa, aumento de pêlos, oleosidade excessiva da pele e cabelos e queda de cabelos. A longo prazo, as mulheres com SOMP apresentam um risco aumentado de desenvolver complicações como: diabetes mellitus tipo 2, aumento do colesterol, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

GLÂNDULA TIREÓIDE

A glândula tireóide está localizada na base do pescoço, abaixo do pomo de Adão, e tem forma de borboleta. Cada asa (ou lóbulo) da tireóide se encontra em um dos lados da traquéia.
A tireóide é parte do sistema endócrino. As glândulas endócrinas produzem, armazenam, e liberam hormônios na corrente sanguínea que viajam através do corpo e direcionam as atividades das células. Hormônios da tireóide regulam o metabolismo, o qual é a forma que o corpo usa energia, e afeta quase todos os órgãos do corpo.
Ela produz os hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), os quais afetam o metabolismo, desenvolvimento cerebral, respiração, função cardíaca e do sistema nervoso, temperatura corporal, força muscular, umidade da pele, ciclos menstruais, peso e níveis de colesterol.
Se os níveis destes hormônios tireoidianos no seu sanguem estiverem baixos, o corpo vai funcionar mais lentamente. Esta enfermidade se chama hipotireoidismo. Se você estiver com excesso de hormônio tireoideano no sangue, seu corpo vai funcionar mais depressa. Esta enfermidade se chama hipertireoidismo. Um terceiro hormônio produzido por células especializadas na glândula tireóide, calcitonina, afeta os níveis de cálcio no sangue e acúmulo desse mineral nos ossos.
A quantidade de hormônio tireoideano produzida pela glândula tireóide é controlada por uma glândula que se encontra no cérebro e se chama hipófise. Outra parte do cérebro, o hipotálamo, ajuda a hipófise.
A glândula tireóide, a hipófise e o hipotálamo funcionam juntos de modo a controlar a quantidade de hormônio tiroideano no seu corpo. Por exemplo, da mesma forma que o termômetro mede a temperatura da sala, a hipófise mede continuamente a quantidade de hormônio tireoideano que há no seu sangue. Não havendo hormônio suficiente, a hipófise percebe a necessidade de "acender a caldeira". Para isso, libera mais hormônio estimulante da tireóide (conhecido como TSH). A glândula tireóide então produz e libera hormônio diretamente para a corrente sangüínea. A glândula tireóide logo percebe que a quantidade de hormônio tireoideano existente no seu corpo é a quantidade certa. Com os níveis de hormônio levados agora para o nível normal, a hipófise diminui a produção de TSH até chegar aos valores normais.

Hipertireoidismo

O hipertireoidismo ou tireotoxicose é uma condição caracterizada pelo aumento da secreção dos hormônios da tireóide e pode originar-se de várias causas. A mais comum é uma doença auto-imune (em que o próprio corpo produz anticorpos que "atacam" o órgão) chamada Doença de Graves. Outras causas do hipertireoidismo incluem o bócio multinodular (aumento do volume da glândula que leva a produção excessiva dos hormônios), os tumores da glândula tireóide, da glândula pituitária, dos testículos ou dos ovários, a inflamação da tireóide resultante de uma infecção viral ou outra inflamação, a ingestão de quantidades excessivas de hormônio tireóideo e a ingestão excessiva de iodo. Várias substâncias com altas concentrações de iodo, tais como comprimidos de alga, alguns expectorantes e amiodarona (medicação utilizada no tratamento de arritmias cardíacas) podem, ocasionalmente, causar hipertireoidismo.

Os principais sintomas do hipertireoidismo são:

• taquicardia,
• perda de apetite,
• perda de peso importante,
• nervosismo, ansiedade e inquietação,
• intolerância ao calor,
• sudorese aumentada,
• fadiga e cãibras musculares,
• evacuações freqüentes,
• irregularidades menstruais,

Os sinais e sintomas característicos do hipertireoidismo podem ser detectados pelo médico. Adicionalmente, exames podem ser utilizados para confirmar o diagnóstico e definir a causa, como os listados abaixo:

• TSH (hormônio estimulante da tireóide): O TSH é um hormônio que regula a produção dos hormônios tireoidianos (T3 e T4), quando a produção desses hormônios está alta, o nível de TSH diminui, e quando está baixa, o nível de TSH aumenta para estimular a produção dos hormônios tireoidianos. Um nível sangüíneo baixo do TSH é o melhor indicador de hipertireoidismo. Se o nível de TSH é muito baixo, é importante também checar os níveis de hormônio tireoidiano para confirmar o diagnóstico de hipertireoidismo.

T4 livre e T3 livre (são os hormônios tireoidianos ativos): Quando o hipertireoidismo se desenvolve, os níveis de T4 e T3 sobem acima dos valores normais.

• TSI (imunoglobulina estimulante da tireóide): É uma substância freqüentemente encontrada no sangue quando a doença de Graves é a causa do hipertireoidismo. Este teste não é solicitado rotineiramente, uma vez que ele raramente interfere nas decisões do tratamento.

Hipotireoidismo

No hipotireoidismo ocorre a deficiência dos hormônios da tireóide, que pode potencialmente afetar o funcionamento de todo o corpo. A taxa de funcionamento normal do corpo diminui causando lentidão mental e física. Os principais fatores de risco são idade superior a 50 anos, sexo feminino, obesidade, cirurgia de retirada da tireóide e exposição prolongada a radiação.

O grau de severidade pode variar de leve, apresentando um quadro de depressão em que o diagnóstico de hipotireoidismo pode passar desapercebido, até a forma mais grave, denominada mixedema, caracterizada pelo inchaço de todo o corpo e que constitui uma emergência médica.

As causas mais comuns de hipotireoidismo são: doença de Hashimoto (uma doença auto-imune); tratamento do hipertireoidismo com iodo radiativo; retirada cirúrgica da tireóide para tratar hipertireoidismo ou tumor; uso prévio de medicamentos antitireóideos; pós-parto (transitório em 60-70% dos casos); uso de certos medicamentos como lítio, amiodarona, iodeto e interferon alfa; deficiência na regulação da glândula; inflamação da tireóide; deficiência de iodo (substância importante para a produção dos hormônios tireoidianos) e resistência generalizada ao hormônio tireóideo.

Os principais sintomas do hipotireoidismo são:

• fraqueza e cansaço,
• intolerância ao frio,
• intestino preso,
• ganho de peso,
• depressão,
• dor muscular e nas articulações,
• unhas finas e quebradiças,
• enfraquecimento do cabelo,
• palidez.

O diagnóstico do hipotireoidismo será feito pelo médico com o auxílio de exames laboratoriais que avaliam a função da tireóide. Normalmente, encontramos as seguintes características:

TSH: todos apresentam concentrações circulantes elevadas de hormônio estimulador da tireóide.

T3 e T4 livres: os níveis dos hormônios tireoidianos podem estar normais, em casos assintomáticos ou brandos, ou diminuídos.



domingo, 22 de novembro de 2009





Hipófise

Pelo fato de seus hormônios regularem várias outras glândulas endócrinas e afetarem um
certo número de diversas atividades corpóreas, a glândula pituitária, ou hipófise, tem sido chamada de —glândula mestra“.

A hipófise está localizada abaixo do cérebro e
é rodeada pela sela turca do osso esfenóide. A abertura da sela turca é coberta por uma espessa camada denominada diafragma da sela.
Na fase embriológica a hipófise é divida em duas porções principais: adeno-hipófise e neuro-hipófise.

A neuro-hipófise compreende a eminência mediana, a haste infundibular e o processo infundibular (parte tuberal).

O termo infundíbulo é utilizado para eminência mediana e para haste infundibular.

A neuro-hipófise permanece conectada diretamente ao cérebro pelo infundíbulo. A adeno-hipófise também está intimamente associada ao cérebro, embora não conectada diretamente.

Funções

Os hormônios tróficos ou trópicos atuam sobre outras glândulas endócrinas regulando suas secreções. O sistema nervoso central manifesta seu controle sobre a hipófise através do hipotálamo via ligações nervosas ou substâncias parecidas com hormônios conhecidas como fatores de liberação.

Os hormônios tróficos são classificados em:

  • Tireotrópicos: atuam sobre a tireóide.
  • Adrenocorticotrópicos: atuam sobre o córtex da glândula adrenal (supra-renal).
  • Gonadotróficos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas.
  • Somatotróficos: atuam no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. Também eleva o consumo de gorduras e inibe a síntese de insulina do pâncreas, aumentando a concentração de glicose no sangue.


Adeno-hipófise

  • Prolactina: estabiliza a secreção do estrogênio e progesterona e estimula a secreção de leite.


Porção intermédia

Neuro-hipófise

  • Ocitocina: atua no útero favorecendo as contrações no momento do parto, e em nível mamário facilita a secreção do leite.
  • Vasopressina (ADH): regula a contração dos vasos sangüíneos, regulando a pressão e ação antidiurética sobre os túbulos dos rins.


Patologia

Distúrbios envolvendo a hipófise:

DistúrbioCausaHormônio
Acromegaliasuperproduçãohormônio do crescimento
Deficiência do hormônio do crescimentoprodução reduzidahormônio do crescimento
Síndrome de hormônio antidiurético inapropriadosuperproduçãovasopressina
Diabetes insipidusprodução reduzidavasopressina
Síndrome de Sheehanprodução reduzidaprolactina
Adenoma pituitáriosuperproduçãoqualquer hormônio da hipófise
Hipopituitarismoprodução reduzidaqualquer hormônio da hipófise