segunda-feira, 23 de novembro de 2009

GLÂNDULA TIREÓIDE

A glândula tireóide está localizada na base do pescoço, abaixo do pomo de Adão, e tem forma de borboleta. Cada asa (ou lóbulo) da tireóide se encontra em um dos lados da traquéia.
A tireóide é parte do sistema endócrino. As glândulas endócrinas produzem, armazenam, e liberam hormônios na corrente sanguínea que viajam através do corpo e direcionam as atividades das células. Hormônios da tireóide regulam o metabolismo, o qual é a forma que o corpo usa energia, e afeta quase todos os órgãos do corpo.
Ela produz os hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), os quais afetam o metabolismo, desenvolvimento cerebral, respiração, função cardíaca e do sistema nervoso, temperatura corporal, força muscular, umidade da pele, ciclos menstruais, peso e níveis de colesterol.
Se os níveis destes hormônios tireoidianos no seu sanguem estiverem baixos, o corpo vai funcionar mais lentamente. Esta enfermidade se chama hipotireoidismo. Se você estiver com excesso de hormônio tireoideano no sangue, seu corpo vai funcionar mais depressa. Esta enfermidade se chama hipertireoidismo. Um terceiro hormônio produzido por células especializadas na glândula tireóide, calcitonina, afeta os níveis de cálcio no sangue e acúmulo desse mineral nos ossos.
A quantidade de hormônio tireoideano produzida pela glândula tireóide é controlada por uma glândula que se encontra no cérebro e se chama hipófise. Outra parte do cérebro, o hipotálamo, ajuda a hipófise.
A glândula tireóide, a hipófise e o hipotálamo funcionam juntos de modo a controlar a quantidade de hormônio tiroideano no seu corpo. Por exemplo, da mesma forma que o termômetro mede a temperatura da sala, a hipófise mede continuamente a quantidade de hormônio tireoideano que há no seu sangue. Não havendo hormônio suficiente, a hipófise percebe a necessidade de "acender a caldeira". Para isso, libera mais hormônio estimulante da tireóide (conhecido como TSH). A glândula tireóide então produz e libera hormônio diretamente para a corrente sangüínea. A glândula tireóide logo percebe que a quantidade de hormônio tireoideano existente no seu corpo é a quantidade certa. Com os níveis de hormônio levados agora para o nível normal, a hipófise diminui a produção de TSH até chegar aos valores normais.

Hipertireoidismo

O hipertireoidismo ou tireotoxicose é uma condição caracterizada pelo aumento da secreção dos hormônios da tireóide e pode originar-se de várias causas. A mais comum é uma doença auto-imune (em que o próprio corpo produz anticorpos que "atacam" o órgão) chamada Doença de Graves. Outras causas do hipertireoidismo incluem o bócio multinodular (aumento do volume da glândula que leva a produção excessiva dos hormônios), os tumores da glândula tireóide, da glândula pituitária, dos testículos ou dos ovários, a inflamação da tireóide resultante de uma infecção viral ou outra inflamação, a ingestão de quantidades excessivas de hormônio tireóideo e a ingestão excessiva de iodo. Várias substâncias com altas concentrações de iodo, tais como comprimidos de alga, alguns expectorantes e amiodarona (medicação utilizada no tratamento de arritmias cardíacas) podem, ocasionalmente, causar hipertireoidismo.

Os principais sintomas do hipertireoidismo são:

• taquicardia,
• perda de apetite,
• perda de peso importante,
• nervosismo, ansiedade e inquietação,
• intolerância ao calor,
• sudorese aumentada,
• fadiga e cãibras musculares,
• evacuações freqüentes,
• irregularidades menstruais,

Os sinais e sintomas característicos do hipertireoidismo podem ser detectados pelo médico. Adicionalmente, exames podem ser utilizados para confirmar o diagnóstico e definir a causa, como os listados abaixo:

• TSH (hormônio estimulante da tireóide): O TSH é um hormônio que regula a produção dos hormônios tireoidianos (T3 e T4), quando a produção desses hormônios está alta, o nível de TSH diminui, e quando está baixa, o nível de TSH aumenta para estimular a produção dos hormônios tireoidianos. Um nível sangüíneo baixo do TSH é o melhor indicador de hipertireoidismo. Se o nível de TSH é muito baixo, é importante também checar os níveis de hormônio tireoidiano para confirmar o diagnóstico de hipertireoidismo.

T4 livre e T3 livre (são os hormônios tireoidianos ativos): Quando o hipertireoidismo se desenvolve, os níveis de T4 e T3 sobem acima dos valores normais.

• TSI (imunoglobulina estimulante da tireóide): É uma substância freqüentemente encontrada no sangue quando a doença de Graves é a causa do hipertireoidismo. Este teste não é solicitado rotineiramente, uma vez que ele raramente interfere nas decisões do tratamento.

Hipotireoidismo

No hipotireoidismo ocorre a deficiência dos hormônios da tireóide, que pode potencialmente afetar o funcionamento de todo o corpo. A taxa de funcionamento normal do corpo diminui causando lentidão mental e física. Os principais fatores de risco são idade superior a 50 anos, sexo feminino, obesidade, cirurgia de retirada da tireóide e exposição prolongada a radiação.

O grau de severidade pode variar de leve, apresentando um quadro de depressão em que o diagnóstico de hipotireoidismo pode passar desapercebido, até a forma mais grave, denominada mixedema, caracterizada pelo inchaço de todo o corpo e que constitui uma emergência médica.

As causas mais comuns de hipotireoidismo são: doença de Hashimoto (uma doença auto-imune); tratamento do hipertireoidismo com iodo radiativo; retirada cirúrgica da tireóide para tratar hipertireoidismo ou tumor; uso prévio de medicamentos antitireóideos; pós-parto (transitório em 60-70% dos casos); uso de certos medicamentos como lítio, amiodarona, iodeto e interferon alfa; deficiência na regulação da glândula; inflamação da tireóide; deficiência de iodo (substância importante para a produção dos hormônios tireoidianos) e resistência generalizada ao hormônio tireóideo.

Os principais sintomas do hipotireoidismo são:

• fraqueza e cansaço,
• intolerância ao frio,
• intestino preso,
• ganho de peso,
• depressão,
• dor muscular e nas articulações,
• unhas finas e quebradiças,
• enfraquecimento do cabelo,
• palidez.

O diagnóstico do hipotireoidismo será feito pelo médico com o auxílio de exames laboratoriais que avaliam a função da tireóide. Normalmente, encontramos as seguintes características:

TSH: todos apresentam concentrações circulantes elevadas de hormônio estimulador da tireóide.

T3 e T4 livres: os níveis dos hormônios tireoidianos podem estar normais, em casos assintomáticos ou brandos, ou diminuídos.



Um comentário:

  1. Tenho problemas glandulares ha mais ou menos 6 anos, venho tratando com medicamentos e outras formas indicadas pelo médico Endócrino. Já obtive algum resultado, a tireóide voltou ao normal, porém, ainda tenho dores nas pernas,tornozelos, joelhos, unha fracas e preguiça intestinal, sendo que faço uso de frequente de remédios para estimular o intestino. Esse artigo foi muito bom para o meu conhecimento a respeito desse problema.Grata1

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